Já tem algum tempo que escrevi isso. Mas foi nesses últimos cinco meses. E como ontem foi um dia que tudo foi retomado. Eu, comigo mesmo. Posto acá com uma foto roubada do Rapha.
Anti-falta
A falta que você me faz é a única falta. Lembrar do que me faltava quando eu tinha tudo e acreditava sentir a falta de algo.
Hoje, na sua ausência, consigo perceber que o que eu precisava era um pouco mais de mim mesmo. Eu esse, cárcere da falência de sentimentos sentidos.
Da paciência negra que me consumia e te agredia. Do porvir de esperar a doce nova fase envenenada que nos aguardava.
Tempo esse transformado em uma grande enfermidade. Dissecou e Prometeu deixar apenas o pó cinzento rouge dos nossos ossos.
E é isso que hoje eu sou. Sou a lembrança de uma doença que procura pela falta de sua, a minha, auto-defesa.
Naquela vida, não havia nada senão fuga, sedação e um véu de zelo.
Era ficar deitado na escuridão dos dias claros à entrega de uma liberdade que submete a agirmos como marionetes de sentimentos alcoolizados.
Hoje, ao menos afasto da muralha embriagada e me aproximo dos tempos coléricos arranhados de uma consciência qualquer.
19 dezembro 2005
28 novembro 2005
E pur se muove
Copiado do blog tem...:
Acabei com Sartre e descobri algo sobre os jovens- me incluo.
"...são incapazes de fazer a felicidade de alguém, mas são igualmenhte incapazes de dar o fora, isso ainda é muito difícil para eles..."
********
E neste exato momento da noite eu digo:
- Estou parado.
"Todo o desenvolvimento redunda em velocidade"- Helóisa Lúcia.
Sendo assim, estou estagnado.
Acabei com Sartre e descobri algo sobre os jovens- me incluo.
"...são incapazes de fazer a felicidade de alguém, mas são igualmenhte incapazes de dar o fora, isso ainda é muito difícil para eles..."
********
E neste exato momento da noite eu digo:
- Estou parado.
"Todo o desenvolvimento redunda em velocidade"- Helóisa Lúcia.
Sendo assim, estou estagnado.
05 novembro 2005
Veia Astragalia
Enquanto mexia em meu astrágalo encontrei uma veia nova. Uma veia não preta, não roxa. Púrpura. Púrpura azulada. Um pouco acinzentada talvez.
Coisa estranha essa veia. Fica lá, parada, imóvel, como se estivesse orando e agradecendo aos deuses coisas boas. Não pulsa. Não salta. Não contrai, não nada.
Quer será que pensa essa veia para ficar assim parada? Não pode rezar tanto tempo assim.
Dizem que as veias são como as estradas para o sangue passear. E quem disse que nas estradas não há vida? Há estradas com astragali, então as veias também.
Quando decidi então interromper a oração da minha púrpura veia, ela sumiu.
Vai minha veia querida. Volta para o seu astrágalo.
31 outubro 2005
Re-visto e não julgado
Bom, bom, muito bom. Nada como dormir em cima de algum assunto. Ou alguns assuntos. A noite na A Semana foi providencial.
Consegui elaborar algumas definições que escrevo aqui por que de certo eu vou esquecer.
Curtir uma boite não faz a menor diferença se você está amorosamente junto de algúem ou não. Se você "consegue" algo na noite ou se sai "zerado" o sentimento é o mesmo. O lugar não muda a qualidade amorosa e nem as pessoas podem mudar seu estado de espírito para o além-balada. No meu caso eu saio "pensando" em todas as situações. Divagando sobre os certos e errados.... sobre o quanto se pode ir além... sobre o quanto as pessoas são escrotas ou fofas ou amargas ou indecisas ou esquisitas enfim.
*******
Hoje foi um dia particular. Tudo pode começar branco, vazio, cinzento até. E no fim um bom amigo- amiga no meu caso- faz notar o quanto um passeio na Av. Paulista chuvosa e fria, seguido de um bom café com quiche de queijo pode ser revigorante.
Que venha a segunda-feira
30 outubro 2005
REVISÃO
Certo e errado. Valores e princípios. Não importa. O que realmente pode importar é o que vc tem ou sente na sua alma.
Hoje eu entendo e aceito algo que o Sammuel disse há muito, muito tempo. “Você não é alguém para se ficar”. Ele tinha razão.
Beijar pessoas com o único intuito de se sentir atraente não mostra o quanto de fato você é ou não atraente.
Na última noite eu tentei isso. Consegui algumas coisas. Tiveram conhecidos e também, desconhecidos. Saldo da noite? -1.
Não tem o que ser dito. Alguns não contam e os que só queriam experimentar contam débito. Logo o verdadeiro sentido de sair para se divertir em uma noite dançante pela paulicéia significa antes de tudo prezar por você mesmo. E isso é, estar em função única dos seus amigos. Aqueles que têm princípios devidamente consistentes ou não. Aqueles que sem saber vão te deixar inócuo aos males do mundo. Aqueles que vão te deixar aborrecido por pensar o outro caminho que poderia ter àquela mesma noite.
Agora eu sei, sentir gostos de bocas, salivas e modos diferentes, não faz a mínima diferença.
Toda a diferença estão no balanço dos alcóis que você mistura e a sanidade que você preserva.
Boa noite.
23 outubro 2005
Parte I - des/equilibrado
Eu estava pensando em toda essa coisa de noite e dia.... e antes mesmo de jogar algum conceito antroposófico sobre a noite ter sido feita para dormir.... ou meros sentidos empíricos sobre a necessidade de se recobrar as energias.... vou digredir em uma outra análise...
Relações amorosas suprimidas e a força que qualquer tipo de relação mal resolvida pode causar quando não estamos 100%, ou talvez meros 80% ego-centrados são devidamente interessantes.
A noite pode ser o melhor tempo do dia enquanto ainda se tem dinheiros, amigos descansados, vadios, boêmios, ar nos pulmões ou um mínimo de auto-afirmação relevante.
Porém quando a noite não é mágica, não é de amantes, não é de resguardo para um dia seguinte “produtivo” tudo muda de figura. Tudo assusta. É quando você percebe que se gasta dinheiro para viver a noite. Mas se gasta ainda mais dinheiro para viver o dia. E vem aquele sentimento de não saber como se focar em nada...sequer em um texto qualquer que não adianta que rumo tome, vai continuar com cara de interminado.
17 outubro 2005
Parte 1- Introdução
Se ficar louco por outra pessoa, ou até se quiser visitar sua família e não me levar..
Vai de noite
Mas nunca me deixe de dia...
Não me exponha um só segundo aos camelos gritando.., o sol a pino, a modernidade clara....
Fique comigo.. até às 6 da tarde...Não me deixe sozinho com as mulheres gordas nos supermercados...Os senadores atrasados...As lanchonetes rapidinhas...
Agora de noite...de noite
Eu e os meus fantasmas, apesar de saudosos sobreviveremos a tua falta...
Noturno
29 setembro 2005
HoMENAGEm
POST QUE SERÁ MUDADO AS 14H
"Todo pasa y todo queda,
Pero lo nuestro es pasar
Pasar asiendo caminos,
Camino sobre la mar
Nunca perseguí la gloria y dejar en la memoria de mis hombres la canción somos 2 mundos sutiles muy amigos y gentiles como pompas de jabón me gusta verlos pintarse de azul y grana al volar bajo el cielo azul temblar súbitamente y quebrarse nunca perseguí la gloria
HABLADO:
Caminante son tus huellas del camino y nada mas
Al andar se ase el camino
y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca se a de volver a pisar
Caminante no hay camino se hace camino al andar
Hace un tiempo en ese lugar
Donde los bosques se visten de estribos
Se oyó la voz de un poeta gritar
Caminante no hay camino se hace el camino al andar
Golpe a Golpe verso a verso
Murió el poeta lejos del hogar
Le cubre el polvo de un país vecino
Al alejarse lo oyeron cantar
Caminante no hay camino
Se hace camino al andar
Golpe a Golpe Verso a verso
Cuando el jilguero no quiere cantar
Cuando el poeta es un peregrino
Cuando de nada nos sirve rezar
Caminante no hay camino se ase el camino al andar
Golpe a Golpe verso a verso
Golpe a golpe verso a verso…"
Antonio Machado
"Todo pasa y todo queda,
Pero lo nuestro es pasar
Pasar asiendo caminos,
Camino sobre la mar
Nunca perseguí la gloria y dejar en la memoria de mis hombres la canción somos 2 mundos sutiles muy amigos y gentiles como pompas de jabón me gusta verlos pintarse de azul y grana al volar bajo el cielo azul temblar súbitamente y quebrarse nunca perseguí la gloria
HABLADO:
Caminante son tus huellas del camino y nada mas
Al andar se ase el camino
y al volver la vista atrás
Se ve la senda que nunca se a de volver a pisar
Caminante no hay camino se hace camino al andar
Hace un tiempo en ese lugar
Donde los bosques se visten de estribos
Se oyó la voz de un poeta gritar
Caminante no hay camino se hace el camino al andar
Golpe a Golpe verso a verso
Murió el poeta lejos del hogar
Le cubre el polvo de un país vecino
Al alejarse lo oyeron cantar
Caminante no hay camino
Se hace camino al andar
Golpe a Golpe Verso a verso
Cuando el jilguero no quiere cantar
Cuando el poeta es un peregrino
Cuando de nada nos sirve rezar
Caminante no hay camino se ase el camino al andar
Golpe a Golpe verso a verso
Golpe a golpe verso a verso…"
Antonio Machado
28 setembro 2005
Arabesque
20 setembro 2005
Água Vaidosa
Um homem ao mar é algo que pode nos deixar perplexos. Mas não quando este mesmo homem DECIDE estar no mar. E fazer-se no mar. E usar de toda a água ao seu redor para materializar aquele estado mental que não se prende. Assimilar conhecimentos. Agrupar sabedoria. Relativizar o raciocínio. Resultado: ILHA . ISOlamento por ficar no cume da pirâmide. A vaidade da superioridade.
19 setembro 2005
Carrossel Inerte
Alguns dias somos surpreendidos pela vontade de arriscar. E pior que dar certo. Ou dar errado, simplesmente não dá. Fica morno. Sem resposta. Indiferente e sem cor.
Você saí com alguém, procura outro alguém, liga para um terceiro e procura no msn pelo quarto. Você está sozinho. Amaldiçoa, pragueja, deprime, re-age... não precisa de ninguém! Somos o bastante. Auto-suficientes. Vou comer cachorro-quente sozinho!
No caminho do lanche... Aí então você recebe a ligação daquele que você ligou primeiro.... e o segundo... e aí pensamos... ah... sou auto-suficiente. Mas é mais legal se for acompanhado. E então o segundo liga também. E aí você tem mais uma escolha.... fica indeciso. Por fim, o dia acaba anestesiado. Mas ainda assim.. vazio. O estado de espírito não estava pra coisa.
Que venha o amanhã.... Cheio de sentimentos. De nó, de aperto, de solidão, de pseudo-companhia, de espera pela terapia e pelo trabalho, pela atividade, pela ação, pelo movimento. Os cavalos em um carrossel estão em ação. Mas não estão em movimento. Somos como esses cavalos de carrosséis de parques abandonados nesses dias. Nossos dias. Fim do dia.
13 setembro 2005
TOC Virtual
Agora a noite o tema é: TOC
Lavar as mãos repetitivamente, guardar tralhas, contar quadrados, não pisar em linhas, arrancar fios de cabelo, checar se a porta foi trancada milhares de vezes,bater o lápis na mesa sem parar, subir e descer escadas mil e duzentas vezes = TOC.
O TOC é o Transtorno Obessessivo Compulsivo. Ex- DOC. Distúrbio Obessessivo Compulsivo. Uma doença mais comum do que se possa imaginar. E aí vem: psicoterapia, terapia de choque, anafranil, cipramil, frontal, rivotril, lexotam... ufa! Está tão longe de mim e de você não é?
DEUS!!!! Não acredito... eu... eu....
2005. Mundo globalizado, síndrome da ansiedade do medo de ficar out. Você abre seu gerenciador de e-mails e descobre. Pasta de piadas, pasta de arquivos pps interessantes, orçamentos de 1998, planilhas de 1970.... aí vem "Meus Documentos": mp3 daquela música que você acha que um dia vai precisar, daquela outra que está numa qualidade ruim, mas você gosotu do sonzinho, aquela mp3 travada que o kazaa jogou direto na pasta quando você pegou 12 vezes compulsivamente por não saber quem compartilharia o arquivo com você.... depois tem aqueles textos bonitinhos que você achou na internet, 15 versões do seu currículo, todos os seus trabalhos de escola e faculdade que você JURA que um dia ainda pode reciclar....
Alto lá! O fato da pasta chamar MEUS DOCUMENTOS não significa que você pode jogar todo o lixinho alí. Pelo menos não se você quiser manter sua sanidade e a da pobre da máquina que depois fica sendo chamada de obsoleta.
Pra que merder tempo arrumando essas mil pastas que mais dia, menos dia (que você nunca via usar, por sinal) vem um fantástico bixinho de computador- vulgo: vírus, trojan, spyware, malware e por aí vai- e irá te obrigar a formatar seu pobre computador obsoleto.
Veja bem.... acho que vivemos um grande toc e não percebemos..... ou percebemos.. mas o medo de ficar desatualizado é tão grande....
Lavar as mãos repetitivamente, guardar tralhas, contar quadrados, não pisar em linhas, arrancar fios de cabelo, checar se a porta foi trancada milhares de vezes,bater o lápis na mesa sem parar, subir e descer escadas mil e duzentas vezes = TOC.
O TOC é o Transtorno Obessessivo Compulsivo. Ex- DOC. Distúrbio Obessessivo Compulsivo. Uma doença mais comum do que se possa imaginar. E aí vem: psicoterapia, terapia de choque, anafranil, cipramil, frontal, rivotril, lexotam... ufa! Está tão longe de mim e de você não é?
DEUS!!!! Não acredito... eu... eu....
2005. Mundo globalizado, síndrome da ansiedade do medo de ficar out. Você abre seu gerenciador de e-mails e descobre. Pasta de piadas, pasta de arquivos pps interessantes, orçamentos de 1998, planilhas de 1970.... aí vem "Meus Documentos": mp3 daquela música que você acha que um dia vai precisar, daquela outra que está numa qualidade ruim, mas você gosotu do sonzinho, aquela mp3 travada que o kazaa jogou direto na pasta quando você pegou 12 vezes compulsivamente por não saber quem compartilharia o arquivo com você.... depois tem aqueles textos bonitinhos que você achou na internet, 15 versões do seu currículo, todos os seus trabalhos de escola e faculdade que você JURA que um dia ainda pode reciclar....
Alto lá! O fato da pasta chamar MEUS DOCUMENTOS não significa que você pode jogar todo o lixinho alí. Pelo menos não se você quiser manter sua sanidade e a da pobre da máquina que depois fica sendo chamada de obsoleta.
Pra que merder tempo arrumando essas mil pastas que mais dia, menos dia (que você nunca via usar, por sinal) vem um fantástico bixinho de computador- vulgo: vírus, trojan, spyware, malware e por aí vai- e irá te obrigar a formatar seu pobre computador obsoleto.
Veja bem.... acho que vivemos um grande toc e não percebemos..... ou percebemos.. mas o medo de ficar desatualizado é tão grande....
Celebrate
Gostei disso.... acredito ter um certo sentido.... se bem que atualmente.... poderia ser a última coluna para os dois grupos.....
:)
:)
HT Bodas Gay
1 ano Algodão 03 meses
5 anos Madeira 06 meses
7 anos Lã 01 ano
10 anos Estanho 03 anos
15 anos Cristal 05 anos
20 anos Porcelana 07 anos
25 anos Prata 10 anos
40 anos Esmeralda 15 anos
50 anos Ouro 20 anos
60 anos Diamante 25 anos
08 setembro 2005
Two coups of Coffe
Feriado de 7 de setembro no meio da semana só serve para tirar a ordem do lugar. A ordem de todas as coisas.
Deus salve quem mora nas ruas agitadas da Vila Madalena. Depois da noite no Coppola Music pude perceber ... as ruas são muito estreitas...
ºººººº
Enquanto a lua descia, do outro lado as cafeterias. Não importa se são as grandes redes, a de cristais, a de santos grãos, ou as pinks. Todas lotadas na quarta-feira de feriado. Espera mínima de 30 minutos.
Até o café.... o mundo está realmente globalizado.
Será que já existe reserva para o café????
06 setembro 2005
"Viver é nascer lentamente"
02 setembro 2005
Relacionamentos de Domingo
Ouvi certo dia que relacionamentos amorosos são como submarinos. Até flutuam... mas foram feitos para afundar.
Honestamente é bastante depressiva essa visão. Talvez uma das visões que se possa ter sobre a metáfora. Mas decerto não a única. Mesmo quando afundam, continuam a viver abaixo d´água. Longe dos olhos das multidões.
Engraçado. Talvez os casais felizes sejam os que estão distantes dos olhos do mundo. Fica mais fácil controlar o monstro de olhos verdes, o compromisso da confiança e quetais.
O "L", talvez tenha definido bem essa emblema de confiança. Dizia algo sobre a confiança ser algo inspirado na liberdade do outro. Ou talvez tenha, eu, entendido assim. Não se sabe.
Devo ser um escritor de domingo. Um tipo, que disse o francês, ser aquele que escreve por higiene. Para colocar um pouco de ideal na vida.
01 setembro 2005
Coliseum
31 agosto 2005
Terapia
Nos dias de terapia nos sentimos ansiosos. E para que serve isso? Talvez para validar a sessão
Nem toda terapia nos faz chorar. Exceto quando nos deparamos com nossa própria mediocridade. Talvez essa ação ilegítima de precisar da própria análise concedida ao outro. Que seria o psicólogo senão o explorador da fraqueza alheia?
E precisamos tanto dessa exploração.... e pagamos por isso por sermos de fato preguiçosos. Se não o fossêmos procuriámos a formação necessária para encontrar os nós dentro de nosso mundinho particular e egocentrado.
Acho que vou trocar de terapeuta.
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