19 setembro 2005

Carrossel Inerte



Alguns dias somos surpreendidos pela vontade de arriscar. E pior que dar certo. Ou dar errado, simplesmente não dá. Fica morno. Sem resposta. Indiferente e sem cor.

Você saí com alguém, procura outro alguém, liga para um terceiro e procura no msn pelo quarto. Você está sozinho. Amaldiçoa, pragueja, deprime, re-age... não precisa de ninguém! Somos o bastante. Auto-suficientes. Vou comer cachorro-quente sozinho!

No caminho do lanche... Aí então você recebe a ligação daquele que você ligou primeiro.... e o segundo... e aí pensamos... ah... sou auto-suficiente. Mas é mais legal se for acompanhado. E então o segundo liga também. E aí você tem mais uma escolha.... fica indeciso. Por fim, o dia acaba anestesiado. Mas ainda assim.. vazio. O estado de espírito não estava pra coisa.

Que venha o amanhã.... Cheio de sentimentos. De nó, de aperto, de solidão, de pseudo-companhia, de espera pela terapia e pelo trabalho, pela atividade, pela ação, pelo movimento. Os cavalos em um carrossel estão em ação. Mas não estão em movimento. Somos como esses cavalos de carrosséis de parques abandonados nesses dias. Nossos dias. Fim do dia.

Um comentário:

K. disse...

o ser humano tem dois defeitos: a carência e o egoísmo, opostos somente quando se trata de sentimento entre pessoas. parece haver uma falha que impede que haja espécies que se situem no meio termo entre as duas coisas. esse é o nosso problema.

e o ritz é bom. ninguém manda comer sanduíche num restaurante. a comida de lá sempre me agradou!