05 abril 2013

Sobre amor e sobre a dor


Escrevi isso enquanto ouvia alguém gritar em uma janela no prédio da frente. E, em seguida, um estrondo. Eu não sabia, mas um jovem tinha acabado de tirar a própria vida. Seu corpo estirado no chão em frente à saída do estacionamento do prédio. A fragilidade de seu pesado corpo que colidiu contra o chão e não respirou por mais que segundos. 

Vamos falar sobre o amor. O amor que desperta todas as manhãs nos olhos de quem está encantado com o mundo. Daqueles que acordam sem o despertador, dormem sem gotas pretas re rivotris e sonham livremente em cores que não existem.

Vamos falar sobre a dor. A dor devastadora que parece ser eterna. Aquela que só a morte parece pôr fim. De desilusões compartilhadas, investem todos os lados em afundar em gotas salgadas que escorrem pelo rosto.

Lembremos agora da amizade. Aquela que é feita de troca. De direcionamento de energia na felicidade alheia. Que é sincera e fala mais alto que o ego. Doadora, articuladora de proteção. Almofadado colo e quando necessário, superficial açoite.

Trabalhemos. Forma de ser feliz, de conquistar, de motivar-se. De usar a maior parte de nosso tempo para algo que acreditamos não contribuir para a doença do mundo.

Vamos falar sobre razão, emoção, paixão e desilusão. Falar sobre SERmos HUMANOs. E tudo bem ser humano. Humano que julga e se esforça para não fazê-lo, que aceita, que vocifera e que acalanta. Que desiste ou que resiste.

04/04/2013