06 dezembro 2010
Caleidoscópio d´ouro
10 novembro 2010
Realidade
A realidade é um duro golpe. Porém, quando chega é capaz de trazer a tranquilidade do sono dos recém-nascidos.
Muita gente não se conforma com a realidade. Há os que inventaram a realidade aumentada. Os que conceberam a realidade paralela e, ainda, os que divergem e perguntam o que é o real.
De todos, invejo aqueles que vivem a realidade. Esses são portadores das notícias. Ainda sim vivem sem sofrer... No entanto, sofrem sem viver.
Se quem habituar-se à realidade sofre e quem não vive quer dar cabo à própria vida, melhor é arriscar. E se não der certo, tentar novamente.
12 setembro 2010
Quando não se consegue dormir
não me deixa entregue a Morpheu,
não me leva à Vênus.
Me sufoca como quebranto.
Parece feitiço bem feito,
amarrado em boca de sapo,
passa linha vermelha de trapo.
Amor de corpo ou de alma?
Falta de sentir o outro,
dor latejante no peito pior que o parto,
coração dilacerado por tanto sofrimento.
Se amar é assim quando se está longe,
prefiro me entregar ao descaso do acaso descompassado
de não sentir dor nenhuma.
22 agosto 2010
Impatiens, Chamomille, Lavander e Rock Rose
Goldfrapp - Caravan Girl from Mute Records on Vimeo.
21 agosto 2010
Livro pela metade
Talvez a única coisa seja não pensar em ganhar muito dinheiro fazendo o que gosta. Reflexões depois de ver metade de Julie & Julia.
Me sinto um tanto Julia sem fazer sem terminar várias das coisas que eu começo. Prefiro deixar o tempo se encarregara de terminar.
13 julho 2010
Respirar
05 julho 2010
2-feira
Estou imensamente triste. Me apunhala abrir a caixa de e-mails e não ter mensagens. Me sufoca não não ver torpedo ou a imagem e música tema que destinei para aparecer e tocar em meu celular.
Me congela o coração e a alma. E meus dedos por consequencia evitam digistar um número de telefone para não perturbar. Já pedi muito. Mas estou cansado.
Os minutos que antes corriam rápido demais para a chegada.... agora se arrastam pq não vamos nos ver mais. Os dias frios que davam a saudade de um edredom, agora me isolam. As pessoas que por ventura olhem pra mim.... não me interessam. O trabalho, não me interessa. A pós, não me interessa. Eu não sabia. Mas era essa a minha inspiração.
Mas a cortina caiu. E você foi até a coxia me avisar, falando em tom austero e baixinho um segredo:
- Mágica não existe caríssimo.... não fique triste. O que importa, é que o espetáculo foi aplaudido. Tentamos o melhor em cena. E o ato acabou.... você não precisa acreditar em mágica mais... a mágica só dura enquanto se está em cena.... atrás do palco, a pintura das paredes é falha, tudo é feio. E essa, é a realidade que te resta. Que resta a todos nós...
E eu que te quero tanto, sou agora cárcere da prisão perpétua que foi decidida
30 junho 2010
Soneto de união
25 abril 2010
It´s all ´bout Love Or all ´bout ego?
Espaçadas vezes o tal Amor volta a aparecer. Em uma catástrofe consumada, nas promessas de alguma filosofia religiosa, na miséria que está o mais distante possível – em outro país, continente ou ainda na esperança espetacularizada de algum show para arrecadar fundos para ajudar qualquer uma das anteriores- e viva a sociedade do espetáculo (Guy Debord que o diga).
Já arrecadar. Palavrinha curiosa. Remete aos tempos bíblicos do fisco malvado ou ainda dos tempos atuais e os tributos sorrateiros. E tudo vira comércio. Vira empresa. ‘É o econômico que determina o social e o político’. E seriam os relacionamentos diferentes? Ou seriam também esses arrecadações de fundos para o ego?
Sagitarianos não podem ter controle sobre toda a situação, pois se acomodam; geminianos juram não envolvimento para aí sim poderem se envolver; librianos têm a serenidade de deixar claro: “se não for você, será o próximo”...
O que é melhor para mim?
E para você?
O jogo do ‘eu não estou fazendo jogo’? A honestidade assustadora que faz o outro correr? O círculo nada virtuoso do quem muito apanha aprender a bater e depois esquece de como parar.
Algo me diz que o comedimento que angustia e depois premia tem parecido a melhor pedida. É o ligar sim. Mas sem insistir neuroticamente. Quem opta por nunca insistir acaba ficando com o mais fácil. Nunca estar disponível. Pois então, insista. E, se ao final, não der certo, não era pra ser e da próxima vez vamos nos angustiar menos. Entenda como “ele apenas não está afim de você”.
Exista como alguém que se arrisca. Arrisque ser feliz. Caso alguém diga que felicidade não existe, invente a felicidade como Mark inventou a mentira no curioso “A Invenção da Mentira”.
Você consegue imaginar um mundo em que todo mundo fala a verdade? Isso mereceria um post inteiro sobre....
14 abril 2010
Dois
08 abril 2010
Moleskine
Curioso, comprei o livro com a receita da feliciade.
FEDEX trocou e mandou Prozac no lugar.
Aí comprei um moleskine, pena e nanquim pra inventar minha felicidade.... sabe como é escrever à pena.... não pode emprestar... ela pega seu jeito de escrever e só a gente mesmo consegue fazer o nanquim marcar o papel...
05 abril 2010
Sobre guarda-chuvas
Existem ainda os que nasceram sem senso de direção aparente. Vivem. Pegam seu guarda-chuva e saem mar adentro correndo o risco de encontrar o caminho das Índias. Correm o risco de não achar a Índia mas, um novo mundo. E ainda assim, correm o risco de voltarem ao ponto de partida em seu velho mundo novo. Mesmo sabendo afinal que depois de ter viajado nada será igual no retorno.
Os que saem com objetivo, mas sem certeza de norte ou sul, sem roteiro ou rosa dos ventos, encontram em sua jornada outros iguais. Com ‘protetores-de-chuva diferentes’, mas com um interesse em comum.
O guarda-chuva mais extravagante chama atenção. Serve para ver de longe. O discreto e elegante preto de bolinhas brancas prêt-à-porter pede aproximação. O ordinário preto, tradicional, aceita o sim e o não. O vermelho desbotado esbanja uma sedução abarrotada que não convence aos olhos dos mais despertos.
São muitas opções pelo caminho. Inclusive a opção de não se aproximar de guarda-chuva algum. Seres humanos não nasceram para viverem isolados. É instinto de sobrevivência. É cada um ajudar o outro no que lhe falta e contribuir. Quando seu guarda-chuva quebra, aquele delicado e despretensioso prêt-à-porter guarda em si a possibilidade de continuar a jornada menos molhado e, com o aconchego da aproximação.
Então, é preciso não se perder. Quando a chuva pára, os guarda-chuvas são fechados e colocados juntos. Dando a falsa impressão de que qualquer um serve para a próxima jornada e sua eternidade aberta.
03 abril 2010
Participação I: Parte na Ação e nível de comprometimento
Não entendo o comportamento de alguém que dá sinais espasmódicos de interesse. Não é isso que eu quero. Quero sinais reais e contínuos. Quero um pouco de calma, de paz de espírito.
Ficar bem comigo mesmo. E quero alguém que tenha fala – ação - reação condizentes. Pode até ter um certo ‘delay’. Mas as ações têm que ser assim, condizentes.
Eu não me dedico pouco. Dedico-me de verdade. E o interesse romântico entra na minha lista de prioridades junto às demais prioridades.
Não o encaro como premiação para o fim do dia. Isso seria retroceder ao ser e ter uma mulherzinha em casa.
Minha intenção não é ser troféu por bom comportamento de alguém. Nem ser o príncipe encantado que parecia perdido no mundo descartável que engoliu os contos de fada.
Hoje o Príncipe (reparem que ele nunca tinha nome marcante) da Branca de Neve estaria subindo nas tranças da Rapunzel. E o Príncipe da Bela Adormecida estaria dando boa noite Cinderela para a Gata Borralheira enquanto o Sherek percebe que o fato do Bambi ser um veado não é impeditivo suficiente para não começarem um romance às escondidas da Fiona.
Sei que eu não quero ser Rei nem Rainha. Não quero ser vassalo nem sua prometida, filha do fiador das roupas do rei. Prometida acorrentada e abandonada enquanto o leal guerreiro defende um Rei que ninguém tem coragem de dizer que está nu e seu reinado está sendo invadido pelos bravos que fundam uma religião Anglicana porque, Henrique VIII cansou de Catarina de Aragão e sucumbiu aos encantos de Ana Bolena.
Não me interessa se Cleópatra, à espera de César e depois Marco Antonio cansou de enamorar-se com seu único alento- seu escaravelho - e acabou por colocar fim à própria vida.
Nem quero ser uma Simone de Beauvoir que se esforçava em não importar-se com a multi-ação de Sartre em defesa de um feminismo que, potencializada, gerou a masculinização da fêmea.
Quero ser um personagem-diretor que ainda não foi inventado. Talvez por isso tenho tido tanto trabalho na seleção dos papéis. Mais difícil do que lidar com escalação é a frustração ao perceber indícios e avisar, no meio do ensaio, que não vai dar certo:
- Obrigado pela parte em que você participou da ação.
Sinto muito não poder contar mais com sua participação.
Ou, ainda pior que isso é poder estar enganado sobre suas próprias percepções e descobrir que Fred Astaire sabia sim dançar, que ser ligeiramente calvo e a impressão de que não sabia interpretar estavam erradas.
25 março 2010
Pornografia ou Romance?
18 fevereiro 2010
O fim do Carnaval 2010 e a chance de inícios de relacionamentos - floKriEanoGpHóBlis
10 fevereiro 2010
Sarna para se coçar
No post anterior alguma coisa ficou latente quando pensei em "sarna para se coçar". Diria um amigo para eu aproveitar a solteirice. Outro, o melhor amigo, diria que entende perfeitamente essa relação de ser uma pessoa par. Afinal ele também é. Daí a obviedade deste sim, ser o melhor amigo.
E essa tola busca de não ser mais uma pessoa ímpar continua. Uma primeira tentativa na noite que prometia e teria que cumprir. - Brasília? “Longe demais”. “Vou pegar uma bebida e já volto”. Então mais uma tentativa: “Campinas, mas venho sempre para SP. Espero mudar de vez logo pra cá”. Pensei – Hum... aí tem... rolou interesse. Será?
E como é que se flerta mesmo? O approach foi ótimo. Mas e o amanhã? Aí o tal amigo que diz para viver a solteirice também fala no post dele pra dar um tempo com o carpe diem. Dá pra ser mais claro??
Bem, o amanhã rende alguns frutos rançosos ainda. O depois de amanhã ... aí.. já começa a coçar. - Será sarna?
Terapeutas juram que devemos tentar – “Vale à pena experimentar.... vai lá... vê como é...nos vemos na próxima consulta”.
Agora já não é mais fase de voluntariado. É síndrome de Bad Romance. E você lê isso e jura que não sofre do mal Lady Gaga?
Faz-me-rir! Todo mundo procurando um ‘criminoso’ para estar. Esqueçam os projetos sociais. Filiem-se ao único amor puro. O que vem da escuridão transformadora. Jung deve estar vibrando.
E se alguém disser que isso é bobagem, que ainda existem os bonzinhos... dou-lhe um passa fora! Os últimos bonzinhos compraram a fantasia de pele de cordeiro no mercadolivre.com por uma pechincha.
23 janeiro 2010
Bleeding Heart
Esses têm sido dias corridos. Ainda mais depois do fim de um relacionamento ‘amoroso’ e a batalha travada para entender os motivos de não ter dado certo.
O mundo não parou de rodar e sobrou pouco tempo para pensar no processo de rompimento deflagrado em 25 de dezembro. Dia de um dos últimos posts.
Muita reflexão, papo com amigos, terapia, livros, álcool, dolce far niente e, eis que, o principal incômodo foi encontrado. A velha e não boa culpa cristã.
Por mais reducionista que possa parecer, um relacionamento em que as pessoas se gostam, têm afinidade sexual e convivem com outras pessoas não basta para perdurar pelo mais duradouro dos tempos das fábulas.
Nos amores duradouros muitas vezes é preciso o tal dos ‘sininhos tocarem iniciais’ ou mesmo mais proximidade de mundos. Quando isso não acontece e mesmo assim insistimos no eu não estou fazendo nada nem você também, passado algum tempo devemos ser honestos acima de tudo com nós mesmos e fazer o gostar d´outro prevalecer, mesmo que separados. Aí vira respeito, admiração pelo outro e busca pelo bem estar. Ainda sim nos casos onde a situação é confortável para aquele que ama menos, uma hora a compreensão do outro se esvai. Afinal, isso aqui não é mais a década de 20. O outro começa a bancar ‘a xiliquenta’ e ter ataques de pelanca por qualquer tampa de privada respingada.
A caminho da superação desse, que é o maior dos segredos, a culpa por não entender porque quando um ama, o outro não ama em igual medida, as coisas continuam a acontecer ao redor de nosso asseados umbigos. Mais pessoas aparecem no mundo e continuamos procurando sarna para nos coçarmos.
Quando menos nos damos conta estamos mais uma vez correndo atrás de alguém completamente diferente de nós mesmos para, quem sabe assim, encontrar mais um pouco da tola culpa cristã e então exercitar namoros que mais parecem voluntariado para algum projeto social.