14 agosto 2007

Tristão e Isolda



Uma historinha interessante que li no livro We, de Robert Johnson:

Conta o mito que Tristão nasceu com esse nome por ser filho da tristeza. Sua mãe perdeu o marido pouco tempo antes do nascimento do amado filho. Anos mais tarde Tristão fez a côrte a Isolda. Mas, na verdade queria levá-la para seu reino para que se casasse com seu tio, Marck. Acontece que no meio do caminho Tristão e Isolda beberam de um vinho enfeitiçado e acabaram apaixonando-se perdidamente. Imagina a confusão que deu no Reino !!!!
O interessante é que em dado momento, quando Tristão decide devolver Isolda para o Rei e Isolda decide deixar Tristão voltar a ser um herói, as palavras que ele diz a ela são:

"Senhora, onde quer que meu destino me leve, enviar-vos-ei mensageiros, e caso venhais me buscar, virei a vós, não importando a que senhor eu esteja servindo, não importando quão longe eu esteja."


Quando estamos embriagados com o vinho aben/maldiçoado não nos damos conta que é isso que esperamos do outro. Esse amor intenso, descomunal, arrebatador e todos aqueles outros adjetivos que as publicações, que levam o título de Sabrina, adoram usar.

O que queremos é entrega total, que o outro abandone o que estiver fazendo para dar um 'oi, saudade de você' no meio do dia. Okay, fazer isso vez ou outra deixa a ambos plenos. Mas ficar esperando por essa ligação inesperada desconfigura totalmente sua ação e a relação. Neste momento, perdemos a alma. Sim, porque segundo o autor do livro procuramos a nossa 'anima' fora, e materializamos no outro.

Acontece que 'anima' não é pra ser colocada fisicamente. É para o plano etéreo.

Se você se atêm a esse tipo de informação na hora da crise, fica mais fácil não sofrer. Estar com alguém não deve ser desesperador ou entediante, deve dar certa estabilidade.

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