O que é essa tal civilização? É seguir regras? É ser normal? Mediano, medíocre?
É ignorar as dores do mundo? Brincar de Pollyanna transformou-se em ter que ser resiliente? Ora, eu não sou uma barra de aço para ser resiliente.
Seres humanos têm palavras melhores para definirem sua capacidade de passar por problemas.
Que civilização é essa que quer emprestar termos de objetos e ignorar a complexidade da alma! Do cérebro! Daquilo que é inominável.
Somos compostos de emoções. Para quê aprisioná-las em caixinhas? Qual é o sentido de nos sufocarmos em polímeros?
Eu não quero isso pra mim. Quero rasgar essas tantas camadas e deixar à flor da pele. Se arder ou queimar é porque algo está errado. E, se doer é pra corrigir. Fazer certo. Não ferir para não ser ferido.
Acelerar o ritmo de crescimento de plantações e de animais para saciar o apetite de uns e fazer sofrerem outros não me parece uma boa ideia. Construir algo, da mesma falida forma, em cima do que já se sabe estar ruindo é loucura!
Ignorar o diferente, aprisionar o oposto, soterrar a dor intelectual com remédios ao invés de entendê-la é covardia!
O que é civilização então? Compartilhar papéis, consolar ao outro, apoiar e ser apoiado, unir-se? ou dividir, confrontar e destruir?
Civilização é só economia, política e desenvolvimento tecnológico ou é sociologia, biologia e depois o resto?
Pode não ser assim, mas fato é que do jeito que está, não está certo, isto tenho certeza que não!
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