Os posts sobre relacionamentos não têm fim. E lá vou eu depois de uma temporada relâmpago em Florianópolis. O sul do país continua lindo. Ainda mais na praia certa, com as pessoas certas e no clima certo.
Então, entre uma página e outra de Alice no País das Maravilhas (na versão com ilustrações de cartas de baralho do Luiz Zerbeni) me peguei lendo a seguinte frase: “Bem, talvez a sua maneira de sentir as coisas seja diferente- disse Alice. O que eu sei é que tudo isso ia parecer muitos esquisito para mim”.
Fechei o livro e uma frase martelou por minutos a fio. Talvez eu sinta as coisas de um jeito diferente. E talvez seja diferente de todo mundo aqui. E talvez todo mundo aqui seja diferente.
Mais tarde, durante uma festa imensa em um hotel grande, com direito a lagoa, música, dançar no queijo, gente despida... vi que os outros ali não eram tão diferentes assim entre si. Mais uma vez aconteceu. Lá estavam todas as letras do alfabeto drogadito. “E”, “K”, “GHB”.... e as perguntas que ouvíamos na turma eram “Nossa como vocês são animados! Onde conseguiram comprar Crystal?”
- Oi? Moço, isso aqui é vodka, o dela ali é água sem gás purinha, o do outro é energético e pra gente isso apenas tá ótimo!!!! Mas se você ficar quietinho sem se drogar pode ficar conosco.
E aí me perguntei: - “Como pode alguém tomar solvente para engrenagens industriais como droga para curtir a balada????”. Claro que o pensamento passou rápido. Afinal, a noite era curta e o carnaval estava acabando. E com o final do Carnaval as pessoas voltam a se abrir para relacionamentos...
Hoje, a dúvida voltou a bater.... “como pode Alice?”