19 julho 2025

Saúde Mental em São Paulo: Nos Eixos apresenta Terapia Junguiana como Caminho para o Autoconhecimento em à Ansiedade

 Ricardo Lauricella, terapeuta da Nos Eixos, explica como a abordagem que explora sonhos e símbolos oferece respostas para a busca por propósito em tempos de desconexão.


Ricardo Lauricella, terapeuta da Nos Eixos
Ricardo Lauricella,
terapeuta da Nos Eixos

Em um cenário onde os atendimentos por ansiedade e depressão disparam em São Paulo, uma abordagem terapêutica profunda ganha relevância por ir além do alívio dos sintomas: a Terapia Junguiana. Desenvolvida pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, esta vertente da psicologia oferece ferramentas para entender as causas profundas do sofrimento psíquico, guiando o indivíduo em uma jornada de autoconhecimento e resgate de sua essência.

Os números recentes pintam um quadro alarmante. A preocupação com a saúde mental tornou-se a principal questão de saúde para 54% dos brasileiros em 2024, um aumento drástico em comparação com os 18% registrados em 2018. Em São Paulo, somente nos primeiros seis meses de 2024, foram realizados mais de 111 mil atendimentos ambulatoriais por ansiedade e depressão, indicando uma escalada da crise. Nacionalmente, os afastamentos do trabalho por transtornos mentais dobraram na última década.

Para a Psicologia Analítica, como também é conhecida a abordagem junguiana, essa epidemia de ansiedade e depressão não é apenas um problema de saúde, mas um sintoma de uma "crise de sentido" mais ampla. A desconexão social, as pressões por performance e um estilo de vida que nos afasta de nossa natureza interior criam um vazio que se manifesta como sofrimento. Nessa perspectiva, os sintomas não são o problema em si, mas mensageiros da psique, um chamado para olhar para dentro e resgatar partes de nós mesmos que foram negligenciadas.

"A ansiedade que vemos hoje não é apenas um mau funcionamento do cérebro; é um grito da alma por significado," afirma Ricardo Lauricella, terapeuta junguiano e fundador da Nos Eixos. 

"Muitos tratamentos focam em silenciar o sintoma, mas a Terapia Junguiana nos convida a ouvi-lo. O que esse vazio está tentando nos dizer? É no mergulho corajoso em nosso mundo interior, através da análise de sonhos e do diálogo com nossas partes esquecidas, que iniciamos o verdadeiro processo de individuação e encontramos um centro, um eixo que nos sustenta."

O tratamento na Terapia Junguiana é uma jornada colaborativa que visa integrar os opostos da personalidade e promover um equilíbrio entre o mundo interno e o externo. Para isso, o terapeuta utiliza diversas técnicas que dão voz ao inconsciente, como a análise de sonhos, que são vistos como uma comunicação direta da psique; a imaginação ativa, um diálogo com as figuras internas; e o uso de expressões artísticas para acessar conteúdos que as palavras não alcançam. O objetivo não é apenas a "cura" de um transtorno, mas o desenvolvimento de uma personalidade mais completa e autêntica, um processo contínuo de se tornar quem se é verdadeiramente.

Sobre a Terapia Junguiana 

A Terapia Junguiana, ou Psicologia Analítica, é uma abordagem de psicoterapia profunda fundada por Carl G. Jung. Ela se distingue por sua ênfase na integração entre o consciente e o inconsciente, que inclui o inconsciente pessoal (experiências individuais) e o inconsciente coletivo (uma herança de símbolos e arquétipos compartilhada pela humanidade). O objetivo terapêutico é guiar o indivíduo no processo de individuação, a jornada para realizar seu potencial único e viver uma vida com mais propósito e significado.

Sobre Ricardo Lauricella e a Nos Eixos

 Ricardo Lauricella é um terapeuta junguiano e fundador da Nos Eixos, um espaço terapêutico em São Paulo dedicado a. Com foco em, seu trabalho visa integrar os aspectos conscientes e inconscientes da psique para promover o equilíbrio e o bem-estar. Para mais informações, visite www.noseixos.com

30 setembro 2024

Mais Uma Vez

Vamos desistir, repetir, insistir.


Tentar o onde sem o que ou porque, para quê?


Revogar o que é nosso, apalpar conscientemente a expectativa.


Escolher o que visível na transparência de tudo.


Divertir-se com novos intentos,

dóceis passatempos com amigos.


Voltar a insistir, começar a varar o peito em busca de algo.


Rogar aos prantos pelo mundo de glória por poder,

continuar tentando....


23 junho 2020

Solidão

Acho que se tornar adulto é isso. Apenas. Assim mesmo. Ou só apenas.

Ficar sozinho no escuro. Sentir-se sozinho sem qualquer comiseração. Simplesmente apagado.

Pensar em algumas pessoas que até ouviriam, mas preferir não perturbá-las com a solidão. E ficar sozinho. 

Não se confortar ou se conformar. Nutrir uma melancolia esperando se enrigecer para suportar saber-se sozinho.

Algo no peito disparado e o susto por achar ser um ataque cardíaco. Uma pontada na cabeça, será um AVC? E estou esquecido. 

A tristeza de se sentir só. A realidade de não se iludir sobre sempre poder contar com alguém. Um alguém ou outro lembra. Logo desiste, logo descarta. 

Será que já ter enrigecido? Aceitado a solidão o suficiente para ser mais desapegado?

Que pena! Ainda não. Talvez um dia consiga? Duvido... Sinto... Sinto muito. Sinto demais.

Parece um vício. Parece bom. Mas melhor seria não sentir.

Bobagem, diriam uns. É bom sentir! Você vai além porque sente.

Besteira, digo eu. Sinto pois não sei fazer de outro jeito.

Alegre-se! Você sente, sofre mais mas, ama mais, diriam outros.

Não engano a mim, respondo. Sofrer dói por mais tempo do que amar menos. 

Melhor amar menos e amar pra sempre na luz, do que amar mais e passar o que sobra na escuridão. 

22 junho 2020

Civil+iz+ação

O que é essa tal civilização? É seguir regras? É ser normal? Mediano, medíocre?

É ignorar as dores do mundo? Brincar de Pollyanna transformou-se em ter que ser resiliente? Ora, eu não sou uma barra de aço para ser resiliente. 

Seres humanos têm palavras melhores para definirem sua capacidade de passar por problemas.

Que civilização é essa que quer emprestar termos de objetos e ignorar a complexidade da alma! Do cérebro! Daquilo que é inominável.

Somos compostos de emoções. Para quê aprisioná-las em caixinhas? Qual é o sentido de nos sufocarmos em polímeros?

Eu não quero isso pra mim. Quero rasgar essas tantas camadas e deixar à flor da pele. Se arder ou queimar é porque algo está errado. E, se doer é pra corrigir. Fazer certo. Não ferir para não ser ferido. 

Acelerar o ritmo de crescimento de plantações e de animais para saciar o apetite de uns e fazer sofrerem outros não me parece uma boa ideia. Construir algo, da mesma falida forma, em cima do que já se sabe estar ruindo é loucura! 

Ignorar o diferente, aprisionar o oposto, soterrar a dor intelectual com remédios ao invés de entendê-la é covardia! 

O que é civilização então? Compartilhar papéis, consolar ao outro, apoiar e ser apoiado, unir-se? ou dividir, confrontar e destruir? 

Civilização é só economia, política e desenvolvimento tecnológico ou é sociologia, biologia e depois o resto? 

Pode não ser assim, mas fato é que do jeito que está, não está certo, isto tenho certeza que não!

22 maio 2020

A Causa - Almanque de Variedade - Podcast

Em tempos de pandemia e enfrentamento ao novo coronavírus, tenho aproveitado a quarentena e o isolamento social para refletir sobre os novos rumos. 

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A ideia de falar sobre CAUSA, as diversas causas que temos e que nos fazem seguir adiante, merecia ser compartilhada. Claro, que fazer isso apenas do meu ponto de vista seria um experimento solitário demais. Por isso, decidi lançar um PODCAST com convidados para falar sobre as diversas causas que nos movem. 

Nasceu aí o PODCAST: A Causa - Almanaque de Variedades. Disponível em diversas plataformas como Spotify, Deezer, Google PodcastsCastbox, Breaker e no Apple Podcast

Ali estamos discutindo desde as causas coletivas até as pequenas causas do cotidiano. Psicologia, empreendedorismo social, arquitetura, decoração, futurismo, ONGs são temas para percorrer os diversos caminhos que colocam sentido na vida. 

Se você tiver alguma sugestão de tema ou até mesmo quiser participar como convidado. Comente abaixo.

Até a próxima!


06 agosto 2019

Soneto de Despedida

No alta da barca
ele se via perdido
e esquecido em meio a tanta beleza,
tanta ingenuidade, inocência.

Se esse fosse o seu destino,
amar em segredo,
será cumprido.
Mas ele espera que não.

Com a partida dela
ele ficará sem rumo.
Mas nunca deixará de amá-la.

Será que seria certo aguardar?
Esperar o impossível e inesperado?
Não, não iria adiantar esperar o milagre.

(1996)

22 maio 2015

Aqui e acolá

A cada final de semana fica mais difícil dormir e minha casa, na minha cama, onde sempre me senti envolvido.

Não sentir a presença humana e canina faz meu sono vir carregado. Ao meu redor meus livros parecem estar deslocados de seu lugar. Já Não fico confortável no travesseiro que escolhi depois de muitas tentativas.  Como é estranha essa sensação.

Sentimento de ter abandonado amando.  De sacrifício irascível .

Já não tenho lugar no mundo. Aqui ficou distante e lá, lá não é meu lugar. Ainda não.