Que as pessoas tenham necessidades estamos carecas de saber. E o que pautam essas necessidades? Ego, ego e mais ego. Não me venham com discursos vazios.
Quantas vezes uma necessidade é real? Raríssimas. As minhas são raras, porque as suas não seriam? Para com isso vai.... sem hipocrisia por hoje. A minha atual grande crise é essa. Qual é minha real necessidade? O que me motiva? O que me mataria se fosse tirado de mim? Não aprontei muito, aprontei na medida. Tem um pouco pra aprontar, mas sem perder a mão.
Certamente perder minha leveza não é. Não sou nada leve. Sou intenso. Pessoas intensas não são leves. São pesadas, perigosas. Divertidas também, admito. Corro da leveza por medo de ficar apático. Então, ao se defrontado pela possibilidade de ter que desacelerar.... falta o ar!
Que mania que muitas pessoas têm de achar que eu sou santo, príncipe. O próximo que disser isso vou mostrar minha auréola amassada e minhas asas despenadas.
E se eu não puder curar o mundo? E se eu perceber minha insignificância de ter que me contentar em ser só um cuidado paliativo? E nem dar minha própria vida (o bem mais valioso que posso oferecer) for o suficiente?
Mártires de todo o mundo deviam ter tanatos muito mais presente que pulsão de vida. É impossível pensar em ser mártir para correr o risco de dar o que tem de mais valioso sem ter certeza que vai ‘obter a graça desejada’. Melhor é fazer uma promessa, acreditar no divino.... bom... eu vou continuar pensando. Assim, continuo vivo. Trocando um cálice de cicuta por uma taça de vinho e um maço de cigarros de cravo.