O post de um amigo Amigos de MSN me fez pensar. Ali ele diz que a internet trouxe certa proximidade que agora distancia. Certamente que a ideia de ter uma ou outra janela inteligente como ouvinte para conversar ou, simplesmente ser ouvido é agradável. Mas, eu mesmo não faço isso há tempos. Lembro que a última vez que saí com esse meu amigo ele me contou de algo que parecia estar acontecendo que o preocupava. Insisti algumas vezes para ele dizer. Respeitei o silêncio. No dia seguinte mandei uma mensagem de texto perguntando se estava tudo bem. Que se precisasse de algo poderia contar comigo. Sequer recebi de volta um "obrigado" ou "não enche" ou ainda "você não pode ajudar". E isso me fez pensar. Quanto de auto-indulgência não tem em nossas reflexões?
Isso me lembra algo ainda mais perturbador que tenho vivido nos últimos anos. A angústia de perceber que tem muita coisa e pouquíssimo tempo. Tem aquele video que diz que hoje, em uma edição do NY Times temos mais conteúdo que toda uma vida de alguém que viveu no renascimento. E olha que eles poderiam ter um monte de chiaro/escuro. E então eu pensei. Orkut, Facebook, Limão, Twitter, MSN, Gtalk.. e o que tudo isso tem por trás? Pessoas!
AS pessoas que eu realmente estou próximo eu sequer falo por ali. Paixão, grande amiga de jantares semanais, amiga de país distante de telefonemas, amigo de baladas/bares/cinema e afins. A turma do trabalho que é uma forma saudável de relacionamento.
Mas não nego que sinto saudades daquele amigo do começo da mensagem. É que, diferente do trabalho que eu planejo estratégias de exposição em redes sociais digitais, não me sinto a vontade fazer isso com amigos.
Então, alguns entendem certo sumiço. Outros não...
19 outubro 2009
09 outubro 2009
Por que certa melancolia?
Por conta dos momentos mágicos proporcionados pela aura de encantamento que envolver ser fã. O tal do gene “Jenny”.
Sentir-se reconhecido por alguém que você considera inatingível, divino, soberano. A fantasia que envolve esses momentos transporta do labiríntico cotidiano e seus conflitos para um universo paralelo onde uma força impulsiona para conseguir o melhor lugar do concerto. O melhor ângulo. Um gesto sincrônico no tempo certo. Um apelo atendido por alguém que é apenas tão humano quanto nós. E não esqueceu disso.
Ao fim da jornada sempre parece que poderia ter ido adiante. E as ideias voltam a ser P&B até reconquistarem uma palheta básica de tons pastéis para colorir os dias.
E essa realidade, o que é senão a tentativa de conseguir cores vivas e orgânicas? Um plano de vida que avança e suplica por mais fantasia.
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